A Crise De 29
A grande questão foi que no decorrer da década de 20, esses países já estavam recuperados economicamente. Desta forma, a compra dos produtos estadunidenses caiu drasticamente. Além disso, nos Estados Unidos, os salários dos trabalhadores eram baixos e insuficientes para acompanhar o enorme ritmo de produção. Tudo isso resultou em uma situação inevitável: havia muito produto para pouco mercado consumidor, ou seja, o que desencadeou a Crise de 29 foi a superprodução.
Muitas empresas tiveram que estocar ou dar outras soluções para seus excessos de produção, resultando em significativos prejuízos e na demissão de muitas pessoas. Como grande parte dessas corporações tinha papéis vendidos na Bolsa de Valores de Nova York, não deu outra: em 24 de outubro de 1929, os preços das ações caíram drasticamente.
O que se via eram muitos querendo vender suas ações e ninguém querendo comprar, levando a uma verdadeira quebra da Bolsa de Nova York. Com isso, muitos investidores excessivamente ricos se tornaram pobres do dia para a noite. Para se ter uma idéia, mais de 12 milhões de norte-americanos ficaram desempregados.
A crise americana afetou seriamente grande parte do mundo, principalmente os países europeus e o Canadá, afinal, os Estados Unidos eram os maiores compradores de vários tipos de produtos. No Brasil, por exemplo, o preço do café caiu significativamente, uma vez que os americanos eram os principais consumidores da mercadoria. Entretanto, tal fato levou os cafeicultores brasileiros a investirem no setor industrial.
Os efeitos da Crise de 29 foram amenizados