crise 1929
Fabrício Molica de Mendonça A crise da economia mundial de 1929 causou o colapso das cotações na bolsa de Nova York. Para entender a origem dessa crise, é preciso entender a economia no sistema capitalista, que é composta de várias atividades interdependentes e sujeitas a efeitos positivos em fases de expansão e a efeitos negativos em fases de recessão.
A Economia Americana na Década de 20 e as Causas da Crise de 1929
Na década de 1920, a economia americana estava em plena expansão. O carro-chefe do crescimento industrial eram as fábricas de automóveis. A Ford e a General Motors fabricavam mais de 1 milhão de carros por ano. Isso estimulava o crescimento de siderúrgicas, metalúrgicas, fábricas de pneus, vidros e estofamentos. Assim, cidades cresciam por todo o território americano.
A razão da expansão da economia americana nessa época era o sistema de linha de montagem, que multiplicava rapidamente a produção. Nesse sistema, um operário especializava-se em executar apenas uma tarefa, de modo que o carro resultava do trabalho combinado de vários operários.
Nessa década, a produção em massa na indústria americana abrangeu também novos produtos, que, aos poucos, foram ganhando destaque na vida moderna. Milhões de geladeiras, fogões, rádios e gramofones saíam das linhas de montagem. Esses produtos já existiam anteriormente, mas, com a massificação, ficaram ao alcance das famílias de classe média. Logo, os produtos industriais americanos eram exportados para a Europa e para o resto do mundo.
Nessa época, quando a empresa queria ampliar vendas, investia no aumento da capacidade produtiva, com aquisição de mais máquinas e equipamentos e contratação de mais mão de obra. Os recursos necessários eram oriundos de ações negociadas em bolsa e o aumento da procura pelas ações fazia o preço subir, o que atraía mais investidores.
Esse período de crescimento e euforia começou a apresentar problemas