Crimes famélicos e criminalização da pobreza
Crimes Famélicos & Criminalização da Pobreza
Andreza Aparecida – nº 05 Dayane Lopes – nº 12 Marina Afonso – nº 28
3º EM Noturno, Turma 1 São Paulo, Junho 2012.
Crimes Famélicos
O furto famélico, caracterizado pela subtração de alimentos de uma entidade quando a pessoa se encontra em estado de extrema penúria, não deveria ser punido judicialmente. Em uma sociedade absurdamente desigual, punir uma pessoa por esta se encontrar na camada social mais baixa e roubar apenas para sua subsistência é desumano. Após a evolução do sistema capitalista, o valor da vida passou a ser irrelevante comparado ao lucro que tanto se almeja e, por isso, furtar algo que tenha um valor muito pequeno (mesmo que para subsistência) acaba levando o individuo a julgamento. Pensando na ideia de um país democrático, levar à justiça alguém apenas por estar tentando sobreviver e deixar de julgar casos de políticos corruptos, por exemplo, apenas mostra a postura de uma justiça deficiente, que somente é capaz de julgar os menos favorecidos porque são considerados mais “fáceis” de serem presos. Essa impotência da justiça brasileira é resultado da grande influencia que as elites possuem por terem ao seu lado o capital financeiro, coisa que um pobre faminto não possui.
Criminalização da Pobreza
A criminalização dos pobres trata da necessidade que uma sociedade desigual tem de jogar seus problemas sociais em cima dos menos favorecidos. Na sociedade brasileira, podemos claramente ver que os pobres são tratados como bichos que devem ser reprimidos pela policia para que não abalem a segurança dos grandes executivos, porém, essa repressão acabou sendo feita de maneira automática e violenta. Um exemplo disso é a associação direta que fazemos entre trafico de drogas e os pobres, e a violência como o governo lida com estas pessoas. As operações feitas pela policia, em favelas como as do Rio de Janeiro, com objetivo de prender traficantes,