Criatividade: visões do behaviorismo e da psicologia da gestalt
Junho/ 2007
Introdução
É notável que a criatividade é um campo de estudo da Psicologia ainda muito pouco explorado, apesar de se fazer presente nas investigações da Psicologia, enquanto conceito ela ainda se encontra muito obscurecida. Este fato é instigante, na medida em que a criatividade se mostra relevante, tanto no nível social quanto no nível individual. No nível social, a criatividade pode levar a novas descobertas científicas, invenções, movimentos artísticos, dentre outras manifestações de alcance coletivo e em escala individual, a criatividade é relevante na solução de problemas no cotidiano e no trabalho. Por muito tempo, a criatividade traria em si toda uma carga mística; a pessoa criativa era vista como um recipiente vazio, onde o divino iria encher de inspiração e assim novas coisas, objetos, músicas, artes iriam “nascer”. Esta visão mística do estudo da criatividade provavelmente fez com que os cientistas deste campo não conseguissem respaldo. Um outro problema significativo para o estudo da criatividade é a dificuldade de definição e observação deste conceito. Em virtude disto, o estudo da inteligência acaba ganhando mais atenção e a criatividade acaba por ficar atrelada e até mesmo subordinada à inteligência, raramente sendo o enfoque principal do estudo. O estudo psicológico da criatividade tem como marca também a escassa produção de artigos empíricos, sendo na maior parte das vezes teórica ou de revisão de literatura. Traçado este panorama, colocamos como objetivo do presente artigo a investigação da criatividade e de sua relação com a solução de problemas. Para tal, nos basearemos nas abordagens gestaltista e comportamental da criatividade, estabelecendo relações e comparações entre as duas.
Metodologia Com base na leitura do artigo “A criatividade sob o enfoque da análise do comportamento” de João Ilo Coelho