Crianças com necessidades educacionais especiais - cegueira
O professor Hilton Rocha foi um grande pesquisador na área de deficiência visual em Minas Gerais. Para expor a dificuldade de um diagnóstico definitivo da deficiência visual na área médica, mostrou que, em 1966, a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueira, utilizadas para fins estatísticos em diversos países. Segundo o autor, a OMS propôs, em 1972, normas para uma definição no sentido de se uniformizarem os dados relativos à acuidade visual, com finalidades estatísticas. Na oportunidade, foi introduzido o termo "visão subnormal", ao lado do de "cegueira".
Rocha (1987) já afirmava, então, que o conceito de cegueira não é absoluto, "pois reúne indivíduos com vários graus de visão residual. Ela não significa, necessariamente, total incapacidade de ver, mas isso, sim, prejuízo dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras." Desse modo, uma baixa acuidade visual pode significar uma cegueira total ou parcial. Próximos à cegueira total, estão os indivíduos que só têm percepção e projeção luminosas. A percepção luminosa implica a distinção entre claro e escuro. A projeção implica identificar também a direção de onde provém a luz. A cegueira total pressupõe completa ausência da visão. A visão é nula, sendo que nem a percepção luminosa está presente.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999) referem-se da seguinte forma à deficiência visual: "É a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica". Manifesta-se como:
Cegueira: caracteriza-se por perda da visão, em ambos os olhos, com visão de menos de 0,1% no melhor olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes de correção. Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total ou o resíduo mínimo da visão que leva o indivíduo a necessitar do Método Braile como meio de leitura e escrita, além de