CRIANÇA A ALMA DO NEGÓCIO

“Crianca, a alma do negócio”, documentário dirigido por Estela Renner, com produção executiva de Marcos Nisti, aborda, de modo reflexivo e crítico, como a criança é influenciada por uma publicidade focada no consumismo.
De acordo com o documentário, a criança é o foco dos publicitários para atingir os pais, pois 80% do consumismo de uma casa é influenciado por elas. Não surpreendente, a televisão é o meio mais utilizado para isso, pelo fato de fazer parte do cotidiano da criança. Isso resulta em um mau convívio familiar, no sentido de que, à medida que se implanta um pensamento consumista na mente dos filhos, os pais, por muitas vezes, negando os desejos de adquirir bens supérfluos, acabam sendo visto como “vilões”. É o que advogado entrevistado, José Eduardo Romão afirma. “Não existe mais infância” é o primeiro desabafo, feito por uma mãe, também entrevistada, ao inicio das filmagens, e pode muito bem traduzir essa situação.
Os especialistas convidados a dissertar sobre o tema sustentam que este comportamento é influencia de uma busca por aceitação e tem como conseqüência uma demasiada ostentação pelo que se consome, gerando uma inversão de valores. Os testemunhos de profissionais da área e mães, por mais que capacitados para opinar sobre o assunto, poderiam ter sido enriquecidos se o documentário trouxesse a presença paterna, que, certamente, agregariam para o desenvolvimento de argumentos em questões familiares, ainda mais sobre o consumismo dentro das casas.
Embora a mídia tenha parcela de culpa nessa má influência, o documentário poderia discorrer mais sobre a responsabilidade dos pais na preservação da infância. É fácil identificar esta falha educacional quando crianças, desafiadas em uma brincadeira durante o vídeo, mostram-se incapazes de identificar simples alimentos do cotidiano.
O produtor Nisti atua no Instituto Alana, instituição que busca garantir a vivência plena da infância. Poderiam ser citados diversos exemplos que enfatizariam a necessidade