Criacionismo x Darwinismo

Criacionismo e o Darwinismo no século XIX: Um debate histórico O mundo desde sua criação sofre mudanças, algumas historicamente comprovadas, outras, explicadas através de mitos. O nome dado a essas mudanças é paradigma, um conceito que se origina de um estudo no campo cientifico. Cada época cria então um padrão socialmente aceito para enxergar o mundo. Para filosofo Thomas Kuhn os paradigmas surgem quando existe a necessidade de uma ruptura com as teorias e os métodos já existentes, criando assim um campo cientifico que aponta a necessidade de experimentação de novos conceitos e tecnologias científicas que ao longo do tempo podem até suplantar os atuais paradigmas. A explicação para o surgimento da humanidade estava monopolizada por meio dos ensinamentos e dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, fundamentada no livro do Gênesis. Entre os séculos XVII e XVIII o paradigma judaico cristão começa a enfrentar uma crise de credibilidade, devido à ideologia burguesa do progresso. O Ocidente estava passando por profundas transformações: o início da industrialização, o desenvolvimento da economia europeia e o capitalismo crescendo em todo o mundo. Os cientistas confrontavam diretamente a antropologia degeneracionista e dualista imposta há séculos pela igreja. As perguntas da humanidade: De onde viemos? Para onde vamos? tomam então caráter científicos e não mais religiosos.
A publicação do livro A Origem das espécies, de Charles Darwin, em 1859, iniciou um debate sobre o surgimento da humanidade no século XIX. Confrontando o paradigma criacionista, o estudioso trouxe uma concepção absolutamente distinta da igreja. Segundo Darwin, todos os seres vivos possuem um ancestral em comum. Todas as raças existentes hoje são provenientes de uma raça primitiva, que com o passar do tempo, foram naturalmente evoluindo, e de acordo com as suas necessidades, foram gerando novas raças, até chegarmos aos dias atuais. A partir de então, surge uma vasta literatura científica,