Crescimento Populacional da Europa
O crescimento populacional na maioria dos países europeus deve-se “quase exclusivamente à imigração" disse hoje a presidente do Instituto de Política Familiar da Rede Europeia, lembrando que o aumento da natalidade nos Estados Unidos é "doze vezes maior ao europeu".
O crescimento da população europeia deve-se quase exclusivamente à imigração, que se converteu na base do crescimento populacional em quase todos os países europeus, disse à agência Lusa Lola Velarde, que hoje à noite participa no I Congresso de Maternidade, que decorre até sábado, em Lisboa.
Também em Portugal, a imigração permitiu uma "melhoria nos índices da taxa de natalidade", sublinhou a especialista, tendo-se registrado efetivamente um aumento do número de nascimentos entre 1997 e 2006, juntamente com outros países.
Segundo a investigadora da Universidade de Madrid, "84 por cento do crescimento populacional na União Europeia (UE) a 27 no período 2000-2007 deveu-se à imigração" e não ao crescimento da natalidade (crescimento natural), que se tem "mantido estancado", nomeadamente entre 1994-2007, com "um crescimento de apenas 320 mil pessoas por ano".
De fato, o crescimento natural nos Estados Unidos da América (EUA) é doze vezes maior que o da União Europeia a 27", frisou a responsável do Instituto de Política Familiar da Rede Europeia, uma organização civil com estatuto consultivo do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
Lola Velarde adiantou que a população imigrante na Europa passou de "14,4 milhões em 1996 para mais de 27 milhões em 2006, com um crescimento de 89 por cento".
França e Holanda são os únicos países da UE a 27, segundo a investigadora espanhola, que têm um "crescimento natural realmente superior a imigração que recebem".
Isto, tendo em conta que a França é o terceiro país da UE em número de imigrantes (3,5 milhões em 2007), apenas superado pela Espanha (4,6 milhões) e pela