Crescimento Economico de Angola
A economia de Angola foi bastante afectada pela guerra civil que durou quase trinta anos, colocando o país entre os mais pobres do planeta.
O relatório do CEIC (2010) salienta que o crescimento econômico observado entre 2002 e 2008 foi de natureza essencialmente quantitativa, que beneficiou de uma elevada taxa de poupança global, com incidência nos empréstimos externos e no investimento estrangeiro direto, em particular nos setores do petróleo, diamantes e construção civil, sendo que estas duas atividades juntas sustentam um percentual superior a 70% do PIB angolano. Esse elevado índice caracteriza pouca diversificação da economia e se torna um dos entraves no processo de desenvolvimento econômico sustentado do país.
Muito do crescimento do país registado na última década pode ser atribuído directamente à exploração de recursos naturais. O petróleo ainda representa quase 80% da receita pública, bem como 90% das exportações e 47% do PIB do país. Isso faz com que a economia seja fortemente dependente das receitas do petróleo e vulnerável a choques resultantes dos preços do petróleo. No entanto, o principal desafio reside na capacidade do Governo para garantir a transparência, a prestação de contas e a distribuição equitativa das receitas do país em recursos naturais. Além disso, como Angola continua a aceder a financiamentos não-concessionais para atender às suas necessidades de desenvolvimento e amplia a exploração dos seus recursos naturais, o Governo terá que garantir a preservação da sustentabilidade da dívida do país, garantindo uma maior transparência e responsabilidade na gestão das receitas petrolíferas.
O sector petrolífero de Angola vai manter-se dinâmico nos próximos anos, com mais prospecção e produção, enquanto o gás natural inicia o seu contributo para o crescimento económico.
Prespectiva do crescimento e do desenvolvimento economico em Angola
Cinco anos após o fim de uma das piores guerras civis da história africana,