Crenças

CRENÇAS
Segundo a linguagem classificada (CIPE 2.0), a definição de crença é: “atitude: opiniões, convicções e fé”.
São vários os autores que tentaram dar um contributo para a construção de uma definição de crença e se debruçaram sobre este tema intrigante, tantas vezes relacionado com o senso comum, ou seja, aquilo que a sociedade teve como certo ao longo dos anos. A Crença, segundo Mauss citado por Ferreira (p.28, 2009) corresponde ao fenómeno de formação de uma ideia que é despoletado por um sentimento e um ato de vontade.
Esta necessidade de formar ideias e de acreditar em alguma coisa faz parte da nossa natureza humana. Desde a Grécia antiga que o homem vive numa tentativa de dar um significado à sua existência e a tudo o que o rodeia, significados esses que são na maioria das vezes resultado do senso comum, e que se tornam regras e diretrizes por serem explicações de certo modo coerentes. Desta forma, a maneira como planeamos e vivemos a nossa vida está muitas vezes relacionada com aquilo em que cremos. (Ferreira, p.29, 2009)
Segundo Soares (p.20, 2008) o cumprimento do papel parental é resultado do processo relacional que existe entre país e filhos, ou seja, a forma como os pais constroem a relação com os seus filhos. Este processo é influenciado por fatores como a personalidade e as atitudes dos mesmos e, pelos modelos de representação e crenças que adquirem da sociedade. Por isso, as crenças estão na base dos comportamentos e atitudes dos pais sendo baseadas na noção do “bem” e do “mal”, e evocadas ou para proteger o bebé, ou para explicar qualquer resultado inesperado ou indesejado (Torre, p.9, 2001). No entanto, segundo Ferreira (p.47, 2009), a figura paternal não se limita apenas a receber e a transmitir a informação, também constrói significados e organiza a realidade social de acordo com as necessidades do bebé, ou seja, forma uma ideia e cria as suas próprias crenças.
Portanto, aquilo em que os pais acreditam - que parte da junção dos