Credo_ViagemMusical 2013

Credo in unum Deum – uma viagem musical e espiritual
Coro da Sé Catedral do Porto, Solistas, Orquestra Sine Nomine
Breves Notas ao Programa
1.
O Credo – “Creio”, presente do indicativo do verbo crer – é a afirmação pessoal e comunitária das verdades essenciais do cristianismo. São termos semelhantes “Credo”, “Símbolo”, “Símbolo de Niceia”, “Símbolo dos Apóstolos” ou “Profissão de Fé”. Começou a ser delineado desde os primórdios do cristianismo, como atestam ancestrais textos: “baptizai-os em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo” (Mat., 23, 19-20), ou “Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (I
Cor., 15, 34).
O texto mais específico do Credo refere-se ao que foi estabelecido nos
Concílios de Niceia (325) e de Constantinopla (381), e é aceite pela Igreja
Católica, pela Igreja Ortodoxa Oriental, e pelas principais igrejas surgidas no seguimento da Reforma no século XVI.
O texto é organizado em quatro partes: o Pai; o Filho; o Espírito Santo; e a
Igreja.
2.
As melodias existentes do Credo em canto gregoriano são em muito menor número que as outras rubricas do Ordinarium Missae (Kyrie, Gloria, Credo ,
Sanctus e Agnus Dei). Deve-se isso ao facto de ser incluída mais tarde na liturgia de Roma, podendo datar-se em 1014 a sua adopção definitiva, pelo papa Bento VIII.
Por outro lado, apresentando o texto mais longo das cinco, o seu tratamento musical impõe quase sempre a predominância de um canto silábico, tanto nas composições a uma voz como a várias.
Este concerto apresenta quatro diferentes Credos, numa possível e expressiva viagem ao longo do tempo, desde a Idade Média (gregoriano) ao Classicismo
(Mozart), passando pelo Renascimento (Palestrina) e Barroco (Bach).
3.
Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525/1526 –1594) é o mais importante compositor da denominada Escola Romana. A sua música teve uma importantíssima influência no desenvolvimento posterior da música sacra. O