Cracteristicas dos administradores brasileiros

O registro profissional para graduados em Administração, restrito aos aprovados em exames específicos para exercício da função – como os que são realizados pela OAB –, podem refletir em benefícios à categoria. Longe de ser um credenciamento burocrático, a prova de habilitação promoveria melhor qualificação dos cursos na área, ofereceria condições mais adequadas ao exercício profissional e conseqüente valorização do administrador. Entre cerca de 10 mil administradores – incluindo profissionais, empregadores e professores pesquisados – 74% aprovam um exame de proficiência para concessão de registro profissional, contra 26% que rejeitam a idéia. “Este alto percentual nos surpreendeu. Indica que a maioria dos administradores entende que para melhorar a qualidade dos registrados que atuam na categoria o exame é necessário”, relata Oswaldo Scaico, Coordenador de Projeto da Fundação Instituto de Administração (FIA) responsável pela pesquisa intitulada “O Administrador e o Mercado de Trabalho – Alternativas para a Valorização do Profissional”, cujo relatório final foi recém-concluído.

O levantamento, realizado no período de julho a dezembro de 2003, por solicitação do Conselho Federal de Administração (CFA), englobou os três segmentos da Administração: graduados registrados nos Conselhos Regionais de Administração (CRAs); coordenadores e professores da área, vinculados às faculdades credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC), e empregadores de profissionais devidamente registrados. A equipe técnica responsável pela pesquisa foi liderada pelo professor Scaico, que atuou também como consultor ao lado de Antonio Fortuna, Takeshy Tashizawa, Alexander Berndt, Manolita Lima e Rodrigo Fortuna

Nos três segmentos analisados a qualidade dos cursos de Administração recebeu críticas dos entrevistados. Um reflexo da proliferação de faculdades pouco qualificadas pelo país. Segundo o público pesquisado, a graduação na área é excessivamente genérica e prioriza a teoria em