A formação do feudalismo
Chamamos de Idade Média o milênio que começa por volta do ano 500 e se estende até cerca de 1500 isto é, das invasões bárbaras e da destruição do Império Romano do Ocidente até depois da Tomada de Constantinopla pelos turcos (1453), que marca o fim de Bizâncio.
Esses dez séculos que foram o fim do mundo antigo assistiram ao nascimento da Europa e, quando terminaram, a maior parte das nações modernas havia adquirido forma, nome e língua e estava cimentada por todo um passado histórico particular.
D’HAUCOURT, Geneviève. A vida na Idade Média. São Paulo : Martins Fontes. 1994. p. 1.
A Igreja Católica foi uma das poucas instituições que conseguiram escapar, quase intactas, aos efeitos devastadores das invasões germânicas.
Durante os conturbados séculos das invasões e formação dos reinos bárbaros, ela exerceu um incansável trabalho de propagação e conversão.
Seus esforços missionários foram enviados para quase todas as regiões da Europa, trabalhando num ambiente hostil e no meio de povos de culturas e línguas diferentes. Para facilitar o seu trabalho, procuraram em primeiro lugar converter os reis e dirigentes, pois a partir daí estava quase assegurado o acesso a todo o resto da população, principalmente em sociedades marcadas por fortes relações pessoais. Os reis, por outro lado, ao adotarem o cristianismo, tinham seu poder político fortalecido, pois passavam a contar agora com o apoio divino, tornando-se reis “pela graça de Deus”.
PAIS, Marco Antônio de Oliveira. A formação da Europa : a Alta Idade Média. São Paulo : Atual. 1994. p. 39-40.
A leitura desses textos nos fornece alguns elementos que nos ajudam a perceber que boa parte das nações européias foram formadas dentro do contexto histórico da Idade Média e que a Igreja Católica Romana exerceu um dos principais papéis na formação de uma nova mentalidade, mantendo-se como uma das principais instituições, definindo o caráter social, cultural,