Crack
É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.[8]
A imprensa também tem mostrado as dificuldades sofridas por parentes de viciados em crack para tratá-los.[9] Casos extremos, de famílias que não conseguem ajuda no sistema público de saúde, são cada vez mais comuns.[10]
A melhor forma de tratamento desses pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas. Muitos psiquiatras e autoridades posicionam-se a favor da internação compulsória em casos graves e emergenciais, cobrando revisão da legislação brasileira, que restringe severamente a internação compulsória de dependentes químicos,[1] e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse tipo de internação.[11] Contra a internação involuntária, há argumentos de que é muito baixa a eficácia do tratamento sem que haja o desejo da pessoa de se tratar. Por outro lado, admiti-la como foco de uma política de tratamento dos usuários de crack poderia abrir espaço para a violação de direitos humanos, como ressaltou Pedro Abramovay, em entrevista na Revista Cult, 165, ano 15, fevereiro 2012: "Não dá para não pensar na metáfora de Machado de Assis - a internação compulsória pode levar todos à