Crack: a droga do século
Desde 1808, quando a Família Real chegou ao Brasil, e destituiu de suas casas, muitas famílias para poder acomodar a comitiva que a acompanhava, temos relatos de desigualdades sociais e de desequilíbrio populacional, pois, já nesta época, as pessoas que tiveram que desfazer-se de seus lares migraram para o Rio de Janeiro, onde provocaram um rápido e desordenado crescimento e conseqüentes problemas de transporte, saneamento, urbanização, saúde e segurança. Problemas estes que desde então continuam fazendo parte de grandes centros urbanos em nosso país, ainda nos dias de hoje. Basta observar as muitas histórias de sofrimento e migração de pessoas que saem todos os dias de pequenos municípios do interior do país para buscar a sorte em grandes centros industriais como São Paulo, por exemplo. Pessoas que saem com pouca ou nenhuma condição financeira, na esperança de mudar de vida e encontram uma realidade muito diferente daquela com a qual sonham. Afora isso também cabe aqui ressaltar o grande caos de valores que nossa sociedade vive nos dias de hoje: famílias desestruturadas, mães adolescentes com pouca ou nenhuma estrutura financeira ou emocional para gerar e cuidar uma nova vida, falta de ética e respeito por si mesmo e pelas outras pessoas com quem convivemos, sem contar é claro com a disparidade de condições financeiras, de saúde e saneamento básico as quais grande parte da população convive. Não obstante isso tudo ainda temos o fácil acesso às drogas, tanto lícitas, quanto ilícitas, cujo consumo cresce desordenado em nossa sociedade, sem que se encontre uma alternativa plausível que possa solucionar ou pelo menos controlar um pouco, este problema.
Sabemos hoje que a maior parte de viciados, existentes em nosso país, são pessoas que vivem sozinhas, por opção, dificuldade de relacionamento ou mesmo conseqüência do uso das drogas, pessoas com baixa escolaridade que muitas vezes abandonaram os estudos por não conseguir conciliar este com