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A natureza humana é um conjunto de características descritas pela filosofia, incluindo formas de agir e pensar, que todos os seres humanos têm em comum. Vários são os ramos da ciência que estudam a natureza humana, incluindo sociologia, sociobiologia, psicologia, dentre outros. Filósofos e teólogos também fazem pesquisas sobre o assunto.
De acordo com o conceito aceito pela ciência moderna, natureza humana é a parte do comportamento humano que se acredita que seja normal e/ou invariável através de longos períodos de tempo e de contextos culturais dos mais variados. Entretanto, esse entendimento é equivocado, dado que a ciência não crê em natureza humana, pois tem essa um caráter metafísico.
A condição humana
“Se filosofar é descobrir o sentido primordial do ser não se filosofa afastando-se da condição humana; é necessário, ao contrário, aprofundar-se nela”. (MerleauPonty). Aristóteles afirma: " Na verdade, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar tanto no princípio como agora", ou seja, thaumazein , admirar-se em grego. Ver ,olhar e admirar-se. Depois do estado de admiração, o objeto se manifesta, provocando vontade de saber. Com este querer saber pelo saber nasce a filosofia. O que admirava os primeiros filósofos era a natureza. Só mais tarde Sócrates se voltou para o homem e as suas dificuldades. Referindo-se à sua interioridade, a psyché, a alma como sede de areté, virtude. A filosofia é portanto um exercício de conhecimento e não tem uma finalidade utilitária. A questão básica apresenta duas vertentes: o que é o homem? e quem é o homem? Com o humano no âmago da questão: quem sou eu? Questionar-se sobre o sentido de seu existir passa a ser thaumaston. A compreensão da natureza (mundo) e do outro na tríade Eu-Natureza-Outro articula-se dialeticamente com a compreensão de si. O homem questiona-se e como logon echon – toma a palavra. A linguagem torna-se arché (princípio), onde se baseiam essas relações, definindo a "condição