Cotas para Negros
Este trabalho objetiva realizar uma analise acerca do processo de implantação da política de cotas para negros na educação superior. Por tanto, questiona-se: Será que realmente a sociedade estar vivenciando momento de tomada de decisões importantes para a superação do racismo, da discriminação racial e do preconceito que ainda prevalecem no cotidiano dos cidadãos. Após décadas de luta do movimento social, particularmente do movimento negro, para desconstruir o mito da igualdade racial e contribuir de forma eficaz e concreta com a implantação de uma série de ações afirmativas pelo governo brasileiro, a opinião pública coloca na ordem do dia o desafio de instituir amplo instrumento legal através de políticas públicas, destinado a superar as desigualdades raciais no país. Toda via, é visto que a superação das desigualdades sócio-econômicas impõe-se como uma das metas importante de qualquer sociedade que aspira a uma maior equidade social.
Em face aos problemas sociais, algumas alternativas são propostas para atenuação de desigualdades que mantém em condições díspares cidadãos de estratos distintos. Uma das alternativas propostas é o sistema de cotas que visaria a acelerar um processo de inclusão social de grupos à margem da sociedade. O conceito de cotização de vagas aplica-se a populações específicas, geralmente por tempo determinado. Estas populações podem ser grupos étnicos ou raciais, classes sociais, imigrantes, deficientes físicos, mulheres, idosos, dentre outros.
A justificativa para o sistema de cotas é que certos grupos específicos, em razão de algum processo histórico depreciativo, teriam maior dificuldade para aproveitarem as oportunidades que surgem no mercado de trabalho, bem como seriam vítimas de discriminações nas suas interações com a sociedade. E entre estes grupos se destacam especificamente os negros.
Porém, as cotas se constituem numa forma polêmica de ação afirmativa, pois quando se determina a inclusão das minorias,