Carl Edward Sagan foi um cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico norte-americanoautor de mais de 600 publicações científicas, grande defensor do ceticismo e do uso do método científico, sendo pioneiro no ramo da ciência exobiologia. Também foi o criador da série "Cosmos", 1980, um documentário dividido em treze partes, que busca expandir um pouco sobre o conhecimento científico do público. Neste episódio da série, "Uma voz na sinfonia cósmica", ele traz uma reflexão sobre a origem da vida na terra e sobre a sua possivel existência em outras partes do universo. Logo no início, o autor esclarece que, assim como na terra, o universo é abundante em moléculas orgânicas, que são a matéria prima para o surgimento da vida como conhecemos, e isso é um forte indício de que a vida é passível de surgimento em outros planetas favoráveis, seja a vida na forma unicelular, ou até mesmo mais simples, como uma vida mais complexa que a nossa, que traz seres capazes de refletir sobre a própria origem. Diante do exposto, tal complexidade não seria possível sem a ação do que conhecemos como seleção natural, que é a prevalência de características que surgem ao acaso e que são mais propícias a sobrevivência do indivíduo na devida circunstância, e que pode ser observada através dos animais que selecionamos artificialmente, e até mesmo dos fósseis, que nos mostra que os indivíduos eram diferentes outrota. Mas como teria surgido a primeira forma de vida, para que a seleção natural pudesse ocorrer ao seu longo dos seus bilhões de anos? A teoria mais aceita é de que, na terra ancestral, existia lagoas e oceanos ricas em moléculas orgânicas, e que através de reações químicas ocorridas ao acaso, facilitadas pelas descargas elétricas e pelo calor, por exemplo, foram se recombinando, até formar uma molécula com a capacidade de se replicar. Talvez, essa primeira molécula tenha sido semelhante ao RNA. Moléculas de caráter