Corrosão
O fenômeno da corrosão é a destruição ou a deterioração de um material devido à reação química, eletroquímica ou eletrolítica que ele tem com seu meio.
Quando se fala em corrosão, nosso pensamento logo remete a ferrugem, camada de cor marrom-avermelhada que se forma em superfícies metálicas. Apesar de ter grande relação com os metais, o fenômeno da corrosão ocorre em muitos outros materiais, sejam eles quais forem. Podemos citar alguns: a degradação biológica da madeira em decomposição, o açúcar ao ser colocado na água a até mesmo os seres vivos pela ação dos radicais livres, que são agentes oxidantes do corpo.
Dá-se maior ênfase na corrosão dos metais, por estes serem muito reativos, sendo assim muito mais corrosivos. O aço não possui as características nobres de resistência a corrosão que o ouro, a prata e o alumínio, por exemplo, possuem. Por isso tornou-se necessário o uso de técnicas anticorrosivas cada vez mais eficientes.
Ainda hoje, mesmo com o desenvolvimento de novos materiais, a corrosão pode ser um problema grave. Do ponto de vista econômico, a corrosão é algo preocupante, pois os prejuízos causados devido à substituição de equipamentos deteriorados, bem como a recuperação e tratamento dos equipamentos, atingem custos extremamente altos, sem contar que isso pode acarretar riscos para a saúde e até mesmo a vida humana. Pode-se estimar, ainda que grosseiramente que os gastos com a corrosão no Brasil, cheguem próximo de 20 bilhões de dólares por ano.
Mas essa preocupação com os processos de deterioração dos materiais é algo que existe há muito tempo. Até mesmo o homem das cavernas escolhia pedras de sílex e madeiras mais resistentes ao uso e as condições climáticas mais intensas. Os egípcios desenvolviam um método de conservação das múmias feito a partir do “natrão” (mistura salina encontrada às margens do rio Nilo). Até mesmo na Bíblia Sagrada há a preocupação com a corrosão, quando é indicado a Noé como calafetar com betume sua arca.