Corrosão vidros
Sempre que a água ficar em contacto com a superfície de um vidro, muitas reações químicas poderão ocorrer, causando erosão ou manchas. A primeira dessas reações começa quase que imediatamente após a água molhar o vidro. Em termos técnicos, a reação inicial na superfície do vidro é caracterizada por um processo de troca de íons, envolvendo íons de sódio no vidro e envolvendo íons de hidrogênio na água. Por outras palavras, a água tira íons de sódio do vidro soda-cal. Essa reação é o primeiro estágio de corrosão. Se esse primeiro estágio continuar sem interrupção por alguns minutos, o pH irá crescendo devido a uma acumulação de (OH) na solução. Eventualmente, o aumento de alcalinidade da solução iniciará outra reação muito mais prejudicial.
Se o pH da solução permanecer menor que 9.0, o estágio 1 predominará. Durante esta fase, a qualidade óptica e a integridade superficial não são afetadas. Quando o pH atinge valor igual ou maior que 9, começa uma outra reação, que é o estágio 2. Neste ponto, a concentração de íons hidroxila é suficiente para começar o ataque à rede de silicato, então o vidro começa a ser dissolvido.
Durante os estágios iniciais dessa reação, ocorrem furos microscópios na superfície. Se a reação continuar, o ataque superficial ficará mais aparente e o vidro poderá irisar ou apresentar uma corrosão acentuada. Nesse caso, a qualidade óptica do vidro está destruída, mesmo que seja mantida sua integridade mecânica. De acordo com o emprego do vidro, poderão ou não ser aceites pequenas marcas causadas pela corrosão. No caso de espelhação, gravação a ácido, etc., mesmo pequenas marcas condenaram o vidro.
É pouco provável a ocorrência de corrosão nos vidros instalados em edifícios, automóveis, etc., porque a umidade, em contacto com o vidro não é retida, como num pacote de vidros. Nos vidros instalados, a umidade ou é rapidamente evaporada, ou é diluída. Assim, o valor crítico do pH nunca é atingido, o estágio 2 não ocorre, e o