corporeidade
Universidade Paulista
Condicionamento Físico Militar
Introdução
A busca pela beleza e boa forma não é uma característica da sociedade atual, mas com o advento dos meios de comunicação a pressão social e psicológica para o indivíduo se adequar aos estereótipos corporais tornou-se mais intensa. Isto se deve ao fato de os meios de comunicação divulgarem incessantemente imagens e textos que mostram e persuadem o indivíduo a exibir um corpo magro e saudável.
Este estudo conduz à discussão sobre a relação mídia e sociedade na medida em que toca no debate acerca da autonomia individual frente às imposições ditadas pelos meios de comunicação.
O Corpo e consumo:
O corpo é uma manifestação das práticas culturais, sociais, expõe códigos, práticas, é um instrumentos de repressões e liberdades, revela regras, costumes e é submetido às normas.
Em tempos hipermodernos, nos quais reina o paradoxo do "elogio da moderação e da cultura do excesso" (Lipovetsky, 2004), os corpos, cada vez mais, ganham visibilidade e são tratados enquanto mercadoria a ser vendida pela indústria cultural e pela indústria da saúde. A publicidade, não raro, dá a impressão de que um corpo perfeito, veiculado como sinônimo de saúde, bem-estar e felicidade, está ao alcance de todos, desde que seguidas as devidas prescrições. Assim, o corpo é tratado enquanto "corpo rascunho", que pode ser modelado e remodelado a gosto de seu "proprietário" no intuito de alcançar o modelo ideal. Diante deste contexto, temos por objetivo, neste artigo, refletir criticamente sobre as diversas facetas desse paradoxo expresso na atual modalidade de "bem-estar" / "mal-estar", com ênfase em seus "excessos". Adotamos por eixo teórico-metodológico o referencial da Escola de Frankfurt (Teoria Crítica), além de dados coletados em uma pesquisa acerca dos distúrbios de auto-imagem: anorexia, bulimia e vigorexia. Essa