corporeidade
No século vinte tivemos uma autêntica ditadura do intelecto, onde a preocupação com o corpo físico praticamente não existiu. O corpo, deixado de lado, fez com que as pessoas não percebessem sua importância.
Nessa nova hora aconteceu uma guinada na preocupação com o corpo, mas de forma totalmente errônea e embrutecida, voltando-se mais para o aspecto físico e estético, esquecendo-se que o aprimoramento do corpo físico, é um grande veículo para o aprimoramento constante dos corpos: mental, emocional e espiritual.
A falta da percepção corporal está intimamente ligada ao valor fundamental que a pessoa dá a si mesma. As pessoas têm que passar a existir dentro de suas vidas. Com essa sintonia, estarão atentas às solicitações do corpo físico. Mas com uma baixa auto-estima as pessoas não atendem, pois não gostam de si e preferem voltar a atenção à competitividade do mundo externo.
Por falta de sensibilidade, as pessoas não percebem seus limites, seus toques, sua fala. O corpo fala, mostra de maneira clara, seu cansaço e o esforço exagerado. Mas as pessoas embrutecidas, não percebem que a qualidade de vida está extremamente ligada à necessidade da percepção corporal, de sentir o corpo e entender a sua linguagem.
O excesso de trabalho físico exige a necessidade de repouso e relaxamento. Mas sem dar importância à percepção corporal, as pessoas levam o corpo ao trabalho excessivo, à competição e ao esforço, gerando um estresse desnecessário. Impedem, com muita raça e determinação, que esse corpo seja levado para a cama. Esticando ao máximo a hora adequada de dormir.
Tratam o corpo como se fosse um escravo. Quantas vezes até mesmo a necessidade de ir ao banheiro não é adiada, agredindo a bexiga. Exageram nos exercícios, toleram a dor, esquecendo de ouvir essa voz tão importante. Preste atenção aos seus sinais de fome, sede... Seja mais responsável para obedecer, o corpo pede e solicita, cabe a você apenas atendê-lo.
O próprio coração 'fala' pela