Coronelismo
Clientelismo:
O poder dos coronéis ultrapassava os limites da fazenda, chegando a várias cidades. Os empregos mais importantes estavam sujeitos à sua influência. Os profissionais mais bem-vistos (médicos, delegados, juízes, padres, professores, etc), procuravam se aproximar de coronéis, contando com apoio e favores.
Nesse contexto manifestou-se o clientelismo, ou seja, a prática dos coronéis de presentear com favores públicos o grupo de pessoas que lhes demonstrava fidelidade política.
Voto de Cabresto:
Em troca de muitos favores, os coronéis exigiam que os eleitores votassem nos candidatos por eles indicados. Quem se negasse, ficava sujeito à violência dos capangas das fazendas dos coronéis.
Durante as eleições, por ordem dos coronéis, os capangas controlavam o voto de cada eleitor -> lembrando que naquela época o voto não era secreto.
Esse voto pressionado e aberto vigiado por capangas ficou conhecido como "Voto de Cabresto".
(Cabestro era um conjunto de cintas que amarrava-se a cabeça do cavalo pra auxiliar na condução do animal).
FERNANDA!
Fraudes eleitorais:
Além do voto de cabresto, os coronéis comandavam diversas fraudes eleitorais para conseguir a eleição de seus candidatos:
- Falsificação de documentos para que menores de idade e analfabetos pudessem votar;
- Inscrição de pessoas falecidas como eleitoras;
- Violação de urnas;
- Contagem errônea dos votos, de propósito.
Base da estrutura do poder:
O coronel mais poderoso de um município estabelecia alianças com outros coronéis poderosos de outros municípios para juntos, elegerem o governador do estado. Depois de eleito, o governador retribuía os favores dos coronéis, enviando-lhes verbas. Era a prática do clientelismo elevada ao nível estadual.
Em virtude dessas alianças, o poder do estado tendia a ficar na mão de um mesmo grupo durante várias eleições.
É válido ressaltar que o coronelismo não teve a mesma influência em todas as regiões do Brasil. Por exemplo, em São