coreia do sul x coreia do norte
Em 2002, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, incluiu a Coreia do Norte, junto com Iraque e Irã, no grupo que chamou de “eixo do mal” – uma lista de países que apoiam organizações terroristas ou produzem armas de destruição em massa. No mesmo ano, a Coreia do Norte inaugura uma zona industrial especial em Kaesong, onde empresas sul-coreanas se instalam e empregam a mão de obra norte-coreana. A instável relação entre os dois países, contudo, ameaça esse arranjo. Pyongyang também passa a liberar a atuação de comércios privados restritos.
O conflito envolvendo Coreia do Sul (República da Coreia) e Coreia do Norte (República Democrática Popular da Coreia) é um dos poucos episódios ainda não resolvidos dos tempos da Guerra Fria, onde duas ideologias, a capitalista e a socialista lutavam pela supremacia mundial por meio de uma disputa geopolítica, e que afetou de modo irremediável a península coreana.
O problema fundamental é que a região é habitada por uma etnia predominante, a coreana, e que historicamente formava um único país, uma única entidade, com uma única cultura, língua e costumes e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após livrar-se da vergonhosa dominação japonesa, passou a encarar o drama da divisão, pura e exclusivamente ideológica, cuja pior consequencia é separar inúmeras famílias e colocar coreanos contra coreanos.
Assim, após a saída dos japoneses, estabeleceu-se o paralelo 38 como marco da divisão entre as esferas de influência (um eufemismo para ocupação) soviética e americana, assim como aconteceu com a Alemanha e o Vietnã. Dela nasceu os atuais estados soberanos da Coreia do Sul, capitalista, e do Norte, de regime socialista. Ocorreram diálogos em torno da unificação do país, mas a tensão ao redor do marco divisório foi crescendo com o tempo, o que desembocou