Coreia do Norte x Coreia do Sul
Na manhã desta segunda-feira (hora local), as autoridades sul-coreanas fizeram o que sempre têm feito desde que esta linha directa de comunicação entre os dois países foi criada, em 1971. O número foi marcado, como tem sido habitual nos últimos 42 anos, mas desta vez não havia ninguém do outro lado: "Ligámos às nove da manhã e não tivemos resposta", disse um responsável do Governo da Coreia do Sul, que a agência Reuters cita sem identificar.
Para além da ameaça – aparentemente já concretizada – de cortar o "telefone vermelho" que o ligava à Coreia do Sul, o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, ameaçou também cortar a linha que o mantém em contacto com as Nações Unidas, na localidade fronteiriça de Pammunjon.
Na sexta-feira passada, a Coreia do Norte anunciou o rompimento dos acordos de não-agressão com a Coreia do Sul e o corte do "telefone vermelho" entre os dois países. A decisão foi tomada poucas horas depois de ter sido visada por novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O discurso bélico contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos é habitual no regime norte-coreano, mas nos últimos dias subiu de tom, face à aproximação da votação nas Nações Unidas e de manobras militares conjuntas entre Washington e Seul. Face à recusa de cancelamento dessas manobras, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Norte disse que uma segunda guerra da Coreia "é inevitável".
O Norte ameaçou na segunda-feira da semana passada denunciar o armistício que pôs fim à guerra da Coreia, em 1953, agitando o espectro de uma guerra termonuclear. Os Estados Unidos – advertiu também – sujeitam-se a um “ataque nuclear preventivo”.
Na quinta-feira da semana passada, os 15 membros