CORDEL
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No Brasil, o cordel surgiu no nordeste, na segunda metade do século XIX e expandiu-se da Bahia ao Pará, antes de alcançar outros Estados. A literatura brasileira de cordel é repleta de características bem particulares, que dialogam diretamente com os costumes juninos. Essencialmente popular, o estilo ficou marcado por narrar histórias do cotidiano do nordestino e muitos autores importantes foram esquecidos pela falta de registro de suas obras Os folhetos, vendidos nas feiras, tornaram-se a principal fonte de divertimento e informação para a população, que via neles o jornal e a enciclopédia, de maneira quase simultânea.Os temas eram os mais variados: as aventuras de cavalaria, as narrativas de amor e sofrimento, as histórias de animais, as peripécias e diabruras de heróis, os contos maravilhosos e uma infinidade de outros, que nos chegaram pela Literatura oral da Península Ibérica e que a memória popular encarregou-se de preservar e transmitir.Além disso, o poeta nordestino foi incorporando a esse romanceiro, fatos mais próximos do público, ocorridos em seu ambiente social: façanhas de cangaceiros, acontecimentos políticos, catástrofes, milagres e até mesmo a propaganda, com fins religiosos e comerciais.As xilogravuras e desenhos que ilustram as capas dos folhetos são uma manifestação da criatividade do artista popular, com suas soluções plásticas sintéticas, em que se destaca o traço forte, de rude e bela expressividade.O cordel é valorizado como expressão poética de alta significação por escritores do porte de
Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Guimarães Rosa,
Mario de Andrade, João Cabral de Melo Neto, motivando (e continua a motivar) estudos e pesquisas nas áreas de Antropologia, Folclore, Lingüística, Literatura,
História, entre outras.
PRINCIPAIS ESCRITORES DE CORDEL
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Apolônio
Alves
dos
Santos
Autor do folheto “Maria Cara de Pau e O Príncipe Gregoriano”, lançado em 1949, foi pedreiro e participou da construção de