corda de 81 nós

AS LUVAS BRANCAS

Inicialmente, devemos ponderar que uma padronização da indumentária visa a harmonização do ambiente e das pessoas, garantindo um clima psicológico favorável à integração e ao controle, motivo pelo qual a uniformização não é desconhecida em diversos locais e instituições ao redor do mundo, desde tempos imemoriais. No caso da maçonaria, temos como primordial na vestimenta o preto, o qual seria dito não ser cor, e sim um estado de ausência de cores, sendo o preto a superfície que mais absorve energias, permitindo assim captar energias cósmicas, fluidos positivos e forças astrais para nosso fortalecimento espiritual. Sem mais nos delongar sobre tal aspecto, posto não ser o objetivo primordial deste trabalho, passamos então ao exame de um aspecto específico da indumentária maçônica, qual seja, AS LUVAS BRANCAS. Com efeito, dentre os itens do Traje do Rito Adorinamita, um dos seus diferenciais são a gravata e as luvas de cor branca. Primeiramente, tem-se que o uso de luvas é antiqüíssimo. Homero já falava de luvas em seus poemas, Xenofonte falava das luvas usadas pelos persas. É certo que os trabalhadores em pedra, em suas diversas tarefas, usavam luvas para se proteger de acidentes ou dos próprios materiais usados, com arestas vivas, dureza e abrasão. Daí o costume de que um novo membro de uma confraria desses artesãos receber um par de luvas em sua admissão. Essa tradição permaneceu com a transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa. Alguns passaram a dizer, então, que as luvas deixaram de proteger as mãos do ambiente e, sim, proteger o ambiente das mãos, para não ser conspurcado com imperfeições profanas, as quais não seriam, assim, transplantadas para o interior da Loja. Nada obstante, atendo-nos à simbologia das luvas brancas no rito em análise, sua representação simbólica de uso sobressai nas palavras do Mestre de Cerimônias, quando faz o convite para os Obreiros ingressarem no Templo para o início dos trabalhos, quando