Copa do mundo
A Copa do Mundo traz consigo, paralelamente ao espetáculo, várias consequências – positivas e negativas – que fogem ao contexto dos jogos. De fato, inúmeras são as preocupações que envolvem (e antecedem) o início do torneio, tais como modificações na infraestrutura viária e aeroportuária, modernização de estádios, melhoramento na rede hoteleira e alimentícia, dentre outros. Inquestionável que um campeonato desta magnitude proporcione um elevado e constante fluxo de investimentos, aumentando significativamente o número de turistas, empregos diretos e indiretos, maior integração entre as regiões do país, além da possibilidade de criação de novos vetores de desenvolvimento.
Certo é que, do ponto de vista meramente político, estas atuações representam melhorias para a cidade, vez que possibilitarão a instalação ou melhoramento de instrumentos necessários para a mobilidade urbana. Porém, não se pode olvidar os impactos de natureza social, ambiental, urbanística e jurídica de sua execução.
Moradia:
Focando o aspecto social, dentre outros complicadores, verifica-se que para a consecução destas obras de infraestrutura será necessário que se proceda com um grande número de desapropriações cujos valores devem ultrapassar a cifra de R$ 1,4 bilhão
No caso de Porto Alegre, por exemplo, para a duplicação da Avenida do Tronco e prolongamento da Avenida Severo Dullius, será necessário o realojamento de mais de 6 mil famílias que, segundo o Secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt, “serão reassentadas em um raio de até 2 km dos atuais domicílios, garantida a manutenção dos veículos (escola, emprego, lazer, vizinhança, etc), para evitar a criação de guetos” .
3 mil pessoas apenas no Rio de