Coordenadas UTM e Geográficas
Como vimos nas aulas anteriores, às projeções possuem inúmeras classificações, regras e utilizações. Dentre elas, destacamos a Projeção
Universal Transversa de Mercator que desempenha fundamental importância na sistematização do mapeamento cartográfico mundial a partir da criação do sistema de determinação das coordenadas retangulares nas cartas militares de escala grande, em todo o mundo. Idealizada no século XVIII, o sistema UTM somente teve sua utilização iniciada em 1947, após a Segunda Guerra
Mundial, quando foi adotado pelo exército norte americano.
O nome Universal se deve à utilização do elipsóide de Hayford (1924), que era conhecido como elipsóide Universal, como modelo matemático de representação do globo terrestre. Transversa é o nome dado à posição ortogonal do eixo do cilindro em relação ao eixo menor do elipsóide. E de
Mercator (1512-1594), porque foi o idealizador da projeção que apresenta os paralelos como retas horizontais e os meridianos como retas verticais.
No Brasil, a Diretoria do Serviço Geográfico do Exército passou a utilizar o sistema UTM em 1955 como recomendações da UGGI (União Geodésica e
Geofísica Internacional). Adotada por muitas agências de cartografia nacionais e internacionais, inclusive a OTAN, é comumente usado em cartografia topográfica e temática, para referenciamento de imagens de satélite e como sistema de coordenadas para bases cartográficas para Sistemas de
Informação Geográfica.
O Sistema UTM é dividido em 60 fusos de 6 graus de amplitude em longitude. Cada fuso também é chamado de Zona UTM. Os fusos são numerados de 1 (um) a 60 (sessenta) começando no fuso 180º a 174º W de
Greenwich, seguindo de oeste a leste para fechar no mesmo ponto de origem.
Cada um destes fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3º de amplitude. Para compreender como a Projeção UTM