coord
SÃO PAULO
2013
Capítulo I – Panorama das Obras Analisadas
Durante o semestre um dos recursos muito utilizados pela Profa. Ana Luiza foi a exibição de filmes aliadas a textos, onde ambos conversavam e fomentavam interessantes discussões em sala. Em uma destas aulas, assistimos ao filme “The Wall” e o texto complementar indicado era “Maquinaria Escolar” com a intenção de discutir as formas de controle e obediência praticadas pela instituição escolar.
O filme, produzido pelo britânico Alan Parker e escrito por Roger Waters (baixista da banda Pink Floyd), em 1982, é inspirado no décimo primeiro álbum da banda Pink Floyd, também chamado “The Wall”. O álbum trata, principalmente, de temas relacionados a abandono e isolamento pessoal. O filme, que é produzido em live-action/animação musical, tem poucos diálogos, tendo sua história narrada por metáforas e pelas músicas do álbum da banda.
Na obra de Alan Parker e Roger Waters, conta-se a história de Pinky, um jovem rockeiro frustrado e depressivo que busca culpados para o seu fracasso. Seu pai morreu na 2ª Guerra Mundial, sua mãe é superprotetora, sua vida profissional não da certo e ele nunca foi brilhante na escola. O filme se desenrola na história de Pink, onde revela-se a morte do pai, as atitudes da mãe, seus problemas com droga e na escola.
É interessante notar como a escola aparece representada. O local é escuro, com paredes altas. Parece desproporcional ao tamanho das crianças, dando a impressão de que até o espaço físico é uma forma de controle da disciplina. As crianças aparecem sempre em filas, com movimentos sincronizados, com roupas e aparências iguais. O professor está sempre acima dos alunos, sempre com tom de voz aparentemente elevado e postura autoritária, de vigilância. No meio disso tudo, Pink se mostra completamente avesso a estes padrões. Parece não respeitá-los.
O texto de Julia Varela e Fernando Alvarez-Uria, A Maquinaria Escolar (1992), aborda exatamente a