SCHWARCZ, Lilia Moritz. Cultura. In: Crise Colonial e Independência – 1808-1830. Coord. Alberto da Costa e Silva. Pp. 205-220
Prof: José Luis de Andrade Franco
FICHAMENTO
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Cultura. In: Crise Colonial e Independência – 1808-1830. Coord. Alberto da Costa e Silva. Pp. 205-220
Grande parte da cultura do Brasil no período é influenciada pela presença portuguesa, e é maximizada pela vinda da família real. A vinda da corte ao Brasil se deu por motivos de segurança devido à grande investida de Napoleão Bonaparte por dentro da Europa.
O Rio de Janeiro se transformou em uma cidade dividida, metade era uma “Nova Lisboa” e a outra parecia uma pequena África. Boa parte do movimento de expansão da nova capital se deu no sentido de domar as águas, e a construção de vilarejos próximos se deu sobre aterros de brejos e mangues nos arredores da cidade.
Ocorria com a chegada do governo português uma espécie de “projeto civilizatório” com o estabelecimento das principais instituições da metrópole, como uma nova imprensa, bancos, museus e etc.
Alguns historiadores mencionam o Brasil como o lugar do trabalho escravo, no período, com a presença de trabalhos rudes e dos mais violentos, o que era uma civilidade negativa aos olhos dos viajantes que vinham para o Brasil.
A família real acreditava que com sua vinda para o Brasil, seria possível também dinamizar o mercado e a vida diplomática local, dando ao Brasil o aspecto e perfil de uma nação quase que soberana, mas o que ocorria era a continuação do modelo português de governança, com a criação de cargos e o aumento de impostos pelo Brasil todo, e assim a colônia se transforou em uma sede da metrópole.
Não era fácil familiarizar-se com tantas novidades e o governo logo se viu às voltas com problemas gerados pela presença e cultura dos africanos e dos diversos grupos indígenas espalhados pela colônia em toda a sua extensão, os índios e os negros agora eram “decaídos” e não burros como antes. Devido a isso, a tentativa de extensão das práticas religiosas cresceu, tentando também se evangelizar e educar a