Cooperação
RESUMO
O presente artigo tem como propósito apresentar uma análise sobre as relações de cooperação, interação e aprendizagem entre os diversos tipos de atores conformados em um Arranjo Produtivo Local. Para tal, são investigados os fatores inibidores e motivacionais dessas relações e as principais fontes internas e externas de conhecimento para o aprendizado. As evidências empíricas demonstram que as relações de cooperação e as interações para o aprendizado são afetadas por fatores organizacionais fortemente relacionados às questões de infraestrutura e gestão das empresas.
Introdução
O estudo sobre a concentração geográfica e setorial especializada de pequenas empresas atraiu muito a atenção de países em desenvolvimento como o Brasil, especialmente a partir da década de 1990. Esse formato organizacional, comumente chamado de Arranjos Produtivos Locais (APLs), tem sido visto como importante para esses países por exercer um papel relevante na contribuição de suas economias, seja pelo aumento de competitividade e eficiência produtiva das empresas, em especial para as de micro e pequeno portes, seja em relação à geração de empregos e de renda. Em outros termos, os APLs têm sua importância reconhecida não apenas por representarem uma proposta de resposta aos novos desafios de competitividade caracterizados pelas constantes inovações e mudanças tecnológicas, mas também por promoverem desenvolvimento e melhoria das condições sociais e econômicas locais. Os ganhos de competitividade podem ocorrer por meio da redução de custos; economias de escala; alcance de novos segmentos ou nichos de mercado; difusão de conhecimentos e fomento aos processos inovativos. Outra vantagem de grande valor pode ser expressa em termos de aprendizagem coletiva, com ampliação do conhecimento, a partir de interações entre os diversos tipos de agentes.
No Brasil, é notável o