Controlo da tripanossomíase humana africana
REGIONAL OFFICE FOR AFRICA
ORGANISATION MONDIALE DE LA SANTE
BUREAU REGIONAL DE L’AFRIQUE
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
ESCRITÓRIO REGIONAL AFRICANO
COMITÉ REGIONAL AFRICANO
AFR/RC55/11 17 de Junho de 2005
Quinquagésima-quinta sessão Maputo, Moçambique, 22-26 de Agosto de 2005 Ponto 8.5 da ordem do dia provisória
ORIGINAL: INGLÊS
CONTROLO DA TRIPANOSSOMÍASE HUMANA AFRICANA: ESTRATÉGIA PARA A REGIÃO AFRICANA Relatório do Director Regional RESUMO 1. A tripanossomíase humana africana (HAT) é causada por tripanossomas transmitidos pela mosca tsé-tsé. A tripanossomíase humana africana é a única doença parasitária transmitida por vector cuja distribuição geográfica está confinada ao continente africano. As populações do grupo etário entre os 15-45 anos que vivem em zonas rurais remotas são as mais afectadas, o que provoca prejuízos económicos e miséria social. 2. No início da década de 60, a prevalência da tripanossomíase humana africana estava reduzida a níveis muito baixos (taxa de prevalência inferior a 1 caso por 10.000 habitantes). Infelizmente as crises económicas, conflitos políticos e mudanças de prioridades nas políticas nacionais resultaram na afectação de poucos recursos ao sector da saúde. Como consequência, a detecção activa de casos foi reduzida ou abandonada e os medicamentos para o tratamento muitas vezes não estavam disponíveis. 3. Nas Décadas de 80 e 90, houve progressos notáveis na elaboração ou aperfeiçoamento de instrumentos epidemiológicos utilizáveis na luta contra a tripanossomíase humana africana; no entanto, eles não foram suficientemente usados no campo. Tudo isso levou ao ressurgimento da doença em zonas onde ela antes estava sob controlo, atingindo em alguns casos nível epidémico. Segundo as estimativas da OMS, o número dos indivíduos infectados oscila entre 300.000 e 500.000. 4. A estratégia regional proposta para o controlo da tripanossomíase humana africana visa eliminar a doença enquanto