Controle estatístico de processo

Resumo

As indústrias, muitas vezes, apresentam excesso de peso nos vasilhames de seus produtos, isso devido à variabilidade do peso de envase, o que faz com que os gestores trabalhem com o peso de envase acima da média desejada para garantir que o limite de especificação inferior não será ultrapassado. O excesso de peso nos vasilhames também ocorre em virtude de os gestores dos processos não utilizarem ferramentas adequadas para analisarem o peso líquido de envase. O presente trabalho objetiva implantar ferramentas de controle estatístico de processo (CEP) para reduzir as perdas de produto em virtude do excesso e/ou falta de produto envasado nos vasilhames.Durante um ano, foram utilizadas ferramentas de CEP para analisar dados coletados a partir de amostragens realizadas aleatoriamente. Com a implantação do CEP, houve uma redução do peso líquido médio de 25,04 kg para 25 kg, o que resultou em uma redução de R$ 25.920,00 no custo de produção anual. Após a implantação das ferramentas de controle estatístico de processo no envase do GLP, verificou-se a importância dessas ferramentas para o aumento em qualidade do processo e a redução das perdas em razão do excesso e/ou falta de produto envasado.
Palavras-chave: Controle estatístico de processo. Variabilidade. Vasilhame. Peso líquido.

1. INTRODUÇÃO
Nas indústrias geralmente o processo de envase é considerado a etapa do processo de produção mais simples e, muitas vezes, considerado um processo sem parâmetros. Com esse pensamento por parte dos gestores dos processos, ocorre que muitos processos de envase apresentam elevadas variações no peso líquido de produto envasado e, também, excesso de produto nos vasilhames para garantir que seja envasado o peso líquido mínimo estabelecido. Em virtude desse comportamento, as perdas que parecem pequenas, quando analisadas individualmente, tornam-se significativas se analisadas ao final de um mês ou um ano inteiro de produção. Objetivando reduzir as variabilidades dos