Controle de Infecção em ambiente escolar
É cada vez mais comum notar que as crianças ao ingressarem na escola estejam com maior suscetibilidade a desenvolver doenças transmissíveis no inicio do período de adaptação. Nos últimos anos, especialistas cada vez mais se interessam no perfil epidemiológico padrão que creches e pré escolas tem apresentado e no risco que as doenças desenvolvidas trazem para as crianças, predominantemente na faixa etária de 0 a 3 anos, essas doenças são chamadas de IRA (infecção relacionada a assistência) e são cada vez mais monitoradas pelos departamentos de infectologia do HCFMUSP (Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
A Dra Camila Almeida da Silva¹, nos conta que esse controle cresceu após a pandemia de influenza de 2010 “Pandemias mudam nossa visão sobre a prevenção da IRA, varias escolas perderam aulas e ao mapearmos isso, percebemos que uma ação em relação a outras doenças se fazia necessária, especialmente em educação infantil.” Ao ser questionada sobre o foco nesse publico, ela responde: “ Crianças pequenas apresentam hábitos que facilitam na disseminação de doenças no ambiente, contato de objetos com a boca, contato próximo com outras pessoas, falta da pratica de higienização das mãos e uma baixa imunidade, por não terem uma exposição previa a doenças as tornam mais suscetíveis, e o risco de um surto dentro da escola se faz muito grande.
Dentre as doenças mais comuns no espaço escolar, destacam-se as de sistema respiratórios e gastrointestinal, transmitidas por gotículas e contato com pessoas ou áreas infectadas, muitas vezes essas doenças são trazidas das casas das próprias crianças, mesmo que por muitas vezes os familiares não apresentem sinais de infecção, por já terem o sistema imunológico amadurecido.
No pacote de ações, a prevenção é o carro chefe para controlar essas situações “Um pacote de medidas de prevenção é essencial para o controle dessas infecções. ’ – diz Dra Camila