Contributos dos Filósofos Jónios e Gregos Para a Gênese Científica
Devido ao surgimento de um grande movimento religioso monoteísta, a partir do século VII a.C., iniciou-se um novo pensamento, onde o universo passou a ser visto como a criação de um único Deus que conduzia o curso da natureza, gerando uma mudança no conceito desta e na explicação dos fenómenos naturais.
O conhecimento, que culminou no início da filosofia antiga, entrou no mundo grego através de relações comerciais entre o Egito e as colónias
Jônias. Foram nessas colónias que a filosofia se desenvolveu e penetrou no mundo grego e a partir dela começou o desenvolvimento científico que culminou na génese da ciência.
Escola Jónia
A cidade de Mileto, na Jónia, deu lugar às primeiras contribuições para a ciência, começando por Tales. Este filósofo, o mais antigo dos chamados sete sábios e fundador da escola jónia, contribuiu para o pensamento científico através da sua descoberta da natureza.
Suas teorias baseiam-se na ideia de que os fenômenos naturais são explicados baseados nas características da matéria. Acreditava na unidade da matéria universal, de onde as coisas surgem e regressam. Para Tales a matéria prima universal era a água, sendo considerada por ele a matéria mais mutável existente e por isso a base de todas as modificações. Este filósofo também contribuiu em assuntos de astronomia, prevendo eclipse solar e descobrindo a utilidade da ursa menor para os navegantes; de geometria, sendo o primeiro a utilizar provas lógicas em matemática.
O desenvolvimento dos modelos mais lógicos da natureza são características de Tales e seus seguidores na escola de Mileto. Foi no trabalho desses filósofos que surgiu pela primeira vez o termo physis, utilizado para descrever características comuns dos materiais.
Anaximandro foi o filósofo jónio mais importante, discípulo de Tales, e modificou a doutrina do mesmo. Possuiu a teoria da existência de inúmeros
mundos que surgiam e depois desapareciam. Seguido dele veio Anaxímenes e