Contra o método

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS

Contra o método
Resenha

Ricardo Costa Gonçalves

Pedreiras, MA
2014
FEYERABEND, Paul. Contra o método. Tradução: MORTARI, Cezar Augusto. São Paulo: UNESP.

O autor trata da importância da teoria para a ciência. De acordo com o autor, quando uma nova ideia é proposta. Esta defronta-se com um público hostil e são necessárias excelentes razoes para obter-lhe uma audiência moderadamente justa. Com surgimento de gerações novas que estão interessadas em coisas novas, ficam curiosas, levam-nas adiante, e grupos de pesquisadores iniciam estudos detalhados. Esses estudos acabam tendo êxitos e, também, suscitam grande dificuldades. Essa teoria passa a ser um tópico de discussão aceitável; é apresentada em congressos e simpósios. “Chega então um momento em que a teoria não é mais um tópico esotérico de discussão para seminários e conferências avançadas, mais ingressa no domínio público”.
Segundo autor, a ciência não é sacrossanta. O simples fato de que existe, é admirada e tem resultado não é suficiente para fazer dela uma medida excelência. A ciência moderna surgiu de objeções globais contra visões anteriores, e o próprio racionalismo e ideia de que existe regra e padrões para guiar os conhecimentos, surgiu de objeções globais ao senso comum. No entanto, não existe um modo simples de guiar, por meio de regras, uma prática, ou de criticar padrões de racionalidade por meio de uma prática. Ocorrem sempre que uma prática rica, bem articulada é confrontada com uma prática de espécie diferente que pode interagir com ela. Essas interações e seus resultados dependem de condições históricas e variam caso a caso.
Portanto, se temos uma prática, ou uma tradição, temos certas influências sobre ela, emergindo de outra prática ou tradição, e observamos uma mudança. “A mudança pode conduzir a uma ligeira modificação da prática original, pode