Contos e causos
Era sábado, jogo sem intenções, amigos de um lado desconheciam os amigos do outro.
Clube de indústria.
Equipes atrasadas em 50 minutos, mas vamos lá, já que não vale nada, de nada vale cobrar.
Antes da bola rolar, naquele clube havia sempre uma orientação aos árbitros, pontuando que não deveriam ser expulsos jogadores de ambas as equipes, a exceção para casos de agressão, portanto um jogo sem cartão.
Apita o árbitro, rola a bexiga, bola pra lá bola pra cá e lá pelos quinze do primeiro tempo visitantes 1 x 0 nos locais. Cinco minutos depois pênalti para os mandantes e pimba..................bola na trave e edesespero em campo. Dois minutos depois caixa, a bola é alçada na área e visitantes abrem 2 x 0.
Reclamações e xingamentos começam a tomar conta do jogo e o árbitro numa levada só aplica três cartões amarelos ao locais provocando a ira.
Bola lá bola cá, pressão dos locais e de repente um longo chute supera o goleiro e o jogo fica 2 x 1 para os visitantes.
A empolgação com o gol eleva o ânimo da equipe mandante e eles crescem no jogo, em garra e também em violência, quando de repente uma violenta disputa de bola no meio-campo, vem do alto uma chuteira sobre uma perna esticada elevando o perigo de uma grave lesão. Sopra o apito e sobe o cartão vermelho.
Confusão em campo, o juiz tinha cartão mas não poderia usá-lo, somente em caso de agressão, complicado, ele avaliou e manteve a decisão, lá foram dez minutos de blá blá blá e o árbitro manteve a posição expulsando o agressor segundo a sua visão.
O jogo seguiu e o placar fechou em 6 x 5 para os visitantes, ficando o árbitro exaltado pelos visitantes e xingado pelos locais sob ameaça de nunca mais apitar naquele local, exceto se deixasse o cartão em casa.