Contos indigenas
O foco narrativo é em 3a. pessoa e o narrador é onisciente. O narrador participa da história: "Uma história que me contaram nas lindas vargem onde nasci". 01. O romance, na definição de Machado de Assis, é uma "poema em prosa", é um poema épico-lírico (para Machado de Assis, é um poema essencialmente lírico).
1.1. Elementos épicos
Ver relação fatos-autor-narrador ( nas epopéias e em Iracema - rever capítulo I).
Presença do "maravilhoso" nas epopéias e em Iracema.
Ver capítulo XI - a nota 5 - a intervenção do narrador "quebrando" o sentido mágico. O texto é épico por ser narrativo. José de Alencar narra os feitos heróicos dos portugueses na figura de Martim. Iracema, também, é transformada em heroína. É o vinho de Tupã que permite a posse de Iracema (presença do "maravilhoso"). Além disso, temos, também, a presença dos deuses indígenas representando as forças da natureza.
1.2. Elementos líricos O amor de Iracema por Martim: Iracema é a heroína típica do romantismo, que padece de saudades do amante, que partiu, e da pátria que deixou. Ela se enquadra dentro de uma corrente luso-brasileira cujo início data das cantigas medievais.
02. A narrativa se fundamenta em pesquisas históricas ou em lendas da tradição oral? Como o autor define o romance? Comparar ficção propriamente dita e as "notas". Conclui-se que "Iracema" se fundamenta tanto na história do Brasil quanto no relato oral. Segundo seu autor, é uma lenda: "Quem não pode ilustrar a terra natal, canta as suas lendas" (em carta ao Dr. Jaguaribe, sobre "Iracema"). "Este livro é irmão de Iracema. Chamo-lhe de lenda como ao outro" (Ubirajara). Martim Soares Moreno e Filipe Camarão são vultos da história do Brasil. Ambos lutaram contra a invasão holandesa. Martim é considerado, realmente, o fundador do Ceará e Poti recebeu a comenda de Cristo e o cargo de capitão-mor dos índios pelos seus méritos. Alencar prefere acreditar no relato oral quando se refere à