Contos: gata borralheira
Este conto fala de uma menina chamada Lúcia de dezoito anos e o seu primeiro baile. Lúcia foi com a sua com a sua tia para o baile, numa mansão cor-de-rosa, na primeira noite de Junho, mas apresentou-se com um vestido lilás que ela achava horroroso e que não se comparava ao das outras raparigas. Esta usava também uns sapatos rotos, velhos e azuis que encontrara no seu sótão. Durante a festa, foi colocada de parte por todos, sentindo-se gozada. Ao passar espelho, sentindo-se "afogada boiando numa água sinistra" e sentia-se pálida, ao descer a escada Lúcia encontra uma rapariga loira, que de forma, misteriosa lhe diz ”é preciso não dar importância a este género de espelhos. São como as pessoas más, não dizem a verdade”.
Mais tarde, um rapaz encontra-a a olhar para o jardim e diz-lhe, também de uma forma misteriosa, noites como aquelas escondiam uma "angustia" por entre os brilhos, cores e perfumes....” Depois o rapaz convidou Lúcia para dançar e o durante a dança, um dos sapatos velhos caí-lhe do pé, toda a gente se interroga de quem pertencia aquele sapato e ela nada disse, não se acusou. No final da noite, numa sala coberta de espelhos, esta promete a si mesma que vai mudar a sua vida . A sua vida mudou casou-se com um homem rico, e cada vez era mais bonita. Passados vinte anos recebe um convite para um baile no primeiro dia de Junho na mesma mansão mas desta vez ela chega, rica, bonita e poderosa.
Voltou à tal sala de espelhos, onde a imagem reflectida não foi o seu novo vestido, mas sim o antigo lilás. No momento de pavor, entrou um homem na sala, dizendo ser o "outro caminho". O caminho que ela escolheu há vinte anos atrás. E, como pagamento, queria o seu sapato do pé esquerdo que era forrado a diamantes. Ele, como troca, entregou-lhe o antigo sapato roto. Ela não se conseguiu mover. Este tirou o sapato. Na manhã seguinte, Lúcia havia sido encontrada morta na mesma sala. Nunca houve explicação para o facto de se encontrar um