Conto sobre rivalidade fora de campo
18 de Novembro de 2012. Exatamente 10 anos e 1 dia após o seu último rebaixamento, o Palmeiras novamente cai para a Série B do Campeonato Brasileiro. Um trágico acontecimento para os palmeirenses, mas que despertou as piadinhas e gozações de torcedores corinthianos. Um deles foi o servente Antônio Alves Pereira, de 32 anos, morador do Jardim Apucarana, em Almirante Tamandaré. Ao ver um rapaz de 14 anos andando de cabeça baixa pela rua com a sua camisa verde do Palmeiras, não se conteve e começou com as suas provocações:
- Ei, palmeirense! Amanhã é segunda, o seu dia!
Diante desta piadinha infame e totalmente sem graça, o garoto palmeirense ignorou e prosseguiu em seu caminho de cabeça baixa, sem sequer ligar para as provocações do rival. Ao ver que ele não tinha dado a menor atenção, o corinthiano prosseguiu, dizendo:
- O Palmeiras é igual duende: pequeno, verde e tem gente que ainda acredita!
Ainda sem esboçar qualquer reação, o palmeirense seguiu seu caminho, apressando os passos. Notando que ainda não obtia sucesso, o corinthiano lançou outra provocação, dizendo:
- Sabe qual é o menor circo do mundo? É a camisa do Palmeiras: só cabe um palhaço!
O palmeirense olhou com cara feia fixamente para o servente corinthiano, demonstrou certa irritação, mas ainda sem esboçar reação violenta. Foi então que o corinthiano apelou para o sarcasmo final:
- Ão, ão, ão, Luan é seleção!
Depois de mais essa provocação, o palmeirense, cheio de ira e nervosismo, já sem conseguir controlar seus impulsos, voou no pescoço do corinthiano e ameaçou matá-lo. Mas o palmeirense o segurou pelas mãos e apenas riu dele, dizendo:
- O que é que você pensa em fazer, pirralho? Você não tem força nem pra bater no meu filho pequeno!
- Eu não, mas o meu pai sim!
- Ah, é mesmo? E quem é o seu papai?
- É o líder da torcida organizada do Palmeiras, a Mancha Verde.
- Pode trazer o seu pai e toda a sua família que levarão uma surra tão