Conto Popular
1. O conto popular e seus níveis de importância: da função lúdica ao objeto semiótico
“E aqui estamos justamente para falar sobre contos da carochinha, ou conto folclórico ou conto tradicional, conto popular, estória ou, em sentido restrito, conto de fadas.” (p. 13)
“Como a maioria das coisas óbvias, o conto popular ainda não dispõe de uma definição consensual.”
“O Marchen – diz ele – é um conto longo, que contém uma sucessão de motivos ou episódios; transporta-nos a um mundo irreal, sem localização ou caracteres definidos, e está repleto do maravilhoso.”
“André Jolles acrescenta que o que efetivamente interessa é ser uma forma que tem nomes diferentes, segundo as línguas, mas em que todos concordam em atribuir à coletânea dos Grimm a sua expressão essencial” (p. 14)
“A tradição em língua portuguesa alterna principalmente entre conto popular e conto tradicional.”
“A designação contos folclóricos vem sendo utilizada, freqüentemente, em catálogos.”
“O conto não desperta atenções apenas pelos conceitos de orientação moral para as crianças ou pelas indicações para os conflitos e problemas que a vida lhes apresenta.”
“O conto oferece uma espécie de laboratório, onde se podem observar, ao mesmo tempo, o reflexo de uma cultura com seus mecanismos internos de funcionamento e as leis de formação do texto com seus componentes semânticos e suas estruturas formais.” (p. 15)
“Alguns costumes ou cuidados especiais de uma comunidade freqüentemente se apresentam no conto, com sentido didático, como acréscimo local, marcando-lhe imediatamente o conteúdo cultural.” (p. 16)
“Cada conto constitui um fragmento de universo, refletindo o contexto cultural, aspirações, as relações conflitivas dos segmentos dominantes e subalternos da sociedade, as soluções para a sobrevivência e para a vitória do herói.” (p. 16-17)
2. As classificações: o tipo e o motivo
“A verdade é que é utópico esperar-se