Conto de realismo fantástico
Mariana Ribeiro Moreira 3º período do curso de Letras português/inglês
O retrato Particularmente nunca gostei de ir a festas com meus pais. Os amigos deles, da mesma faixa etária, tinham poucos filhos da minha idade ou estes se recusam a ir, tal como eu. As festas eram insossas e de mau gosto musical, na minha opinião. E minha mãe vigiava minha bebida. No entanto desta vez aceitei sem pestanejar. Por dois motivos. O primeiro por ser na casa do lago, aquele casarão maravilhoso onde eu sempre tive vontade de entrar, só para saber se era tão lindo por dentro quanto por fora. O segundo era por que em um lugar grande daqueles, eu com certeza acharia onde fumar escondido. E eu fui. Passamos por um imenso portão duplo e meu pai dirigiu pelo caminho que atravessava o gramado em direção as colunas da entrada. O casarão branco estava lindo, iluminado. Ele tinha aquele aspecto Greco-Romano que eu adorava, com a entrada atrás das colunas jônicas. Assim que entrei no grande salão vi o lago lá atrás, pela parede traseira que era de vidro, refletia a casa em todas as suas luzes. O piso era branco, como o restante da casa e havia um lustre enorme pendurado no teto alto, bem no meio do quadrado que o andar de cima fazia com sua sacada. Dava pra ver as obras de arte penduradas lá em cima, na entrada dos corredores. Do lado direito à porta de entrada ficava a escada que dava acesso aos andares superiores. De resto haviam colocado as mesas próximas as paredes deixando o meio livre e vi que esperavam que alguém dançasse. Também um palco pequeno montado junto a parede de vidro com o som de onde saía uma musica lenta. Meus pais e eu fomos falar com os noivos, que estavam na casa dos trinta e pertenciam a família dona da casa. O pai do noivo era colega de trabalho do meu pai, mas o pai da noiva era da família mais rica da região. E por isso a historia da casa me parecia estranha. Sabia-se que era do avô da noiva e que embora o pai dela tendo