Contingência e teoria social.
Contingência Eventualidade, possibilidade de que algo aconteça ou não. Filosofia. Condição de toda coisa existente ser criada, ser condicionada. O contingente é o dependente, o criado e o acidental, que pode ser ou não. As ciências (exatas) referme-se as regularidades contidas na natureza e as ciências sociais referem-se a sociedade e a apresentam-nas na forma de leis cientificas e abrem o caminho à sua manipulação técnica.
Luhmann chama atenção para a contingência como valor próprio da sociedade morderna. Para ele, as imprevisibilidades e possibilidades no campos dos acontecimentos são características da sociedade contemporânea. Contingência não é “acaso”ou “imprevisto”. É tudo que não é necessário, nem impossível. Em decorrência do aumento da complexidade das sociedades modernas, resultado da sua diferenciação funcional, crescem as opções de ação para cada indivíduo. Isso, por sua vez, resulta no aumento de experiências de contingência por parte do ator social.
Risco e Contingência O risco é a maneira, ou seja, é uma expressão moderna da consciência da contingência. O intelectual que nasce da idade contemporânea tem a consciência da contingência.
A exploração da contingência A sociedade industrial explora a contingência. Explora na base dos conhecimentos científicos daquilo que é Possível. A grande metáfora da contingência é “o plástico”, que demonstra a plasticidade daquilo que é. Ser “plástico”significa ser cientificamente transparente e acessível às manipulações técnicas. O “plástico”é a realização de uma possibilidade; é uma possibilidade que emerge de estruturas determinadas por padrões que seguem regras causais. A contingência é, então, muito mais do que o acaso, aleatoriedade ou o risco que o indivíduo corre quando se encontra com um perigo inesperado. A contingência “abraça”esses conceitos e faz deles somente um aspecto de uma realidade “plástica”, determinada e livre, no mesmo momento. A