continentes
estagnação e crise: desde o começo dos anos 1970, a taxa de crescimento dos salários reais diminuiu dramaticamente — eles permaneceram geralmente inalterados —,taxas de lucro estagnaram e as taxas de produtividade do trabalho baixaram.No entanto,esses fenômenos da crise não levaram ao ressurgimento dos movimentos da classe trabalhadora.
Ao contrário, as décadas passadas assistiram ao declínio dos clássicos movimentos de trabalhadores e à emergência dos novos movimentos sociais, freqüentemente caracterizados por políticas de identidade,incluindo movimentos nacionalistas,movimentos políticos relacionados à livre orientação sexual e várias formas de “fundamentalismo” religioso.Um acerto de contas com as transformações de larga escala das três últimas décadas, então, requer levar em consideração não apenas o declínio econômico de longo prazo,ocorrido desde o início da década de 1970, mas também mudanças importantes na vida social e cultural.
É contra o pano de fundo desta problemática que desejo discutir três trabalhos muito importantes — de Robert Brenner, Giovanni
Arrighi e David Harvey1 — que tratam das transformações em curso.
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