Contextualismo e bronfenbrenner
Na visão contextualista do mundo, o conhecimento é obtido no contexto-influência-mutua, onde diversas variáveis codependentes atuam por estarem conectadas. Sendo assim, é indispensável o reconhecimento da construção social histórico da realidade.
Incluem a adoção inequívoca da multi-determinação do comportamento: inúmeras variáveis, de campos diferentes (pessoal, social, cultural, educacional, político, ideológico, econômico, biológico, químico etc.) concorrem de modo geralmente entrelaçado e reticulado (e não linear) para a explanação causal do fenômeno comportamental (CARRARA, 2004).
e “o comportamento será sempre um comportamento-no-contexto e com-o-contexto e não pode, nessa perspectiva, ser compreendido com apelo a ações isoladas das partes ou mecanismos envolvidos na interação” (CARRARA, 2004).
Dessa forma, forças simples e previsíveis, características do mecanicismo, não são suficientes para o contextualismo, onde diversas variáveis influem umas nas outras, influenciando ainda outras, não ocorrendo de forma estritamente repetitiva e previsível, mas probabilística (REIS, 2004), gerando processos cada vez mais complexos.
A teoria Bioecológica vem de encontro com essa visão. Bronfenbrenner deriva o paradigma ecológico da fórmula de Kurt Lewin, de C=f(PA), onde comportamento é função da pessoa e do ambiente, para D=f(PA) (NARVAZ; KOLLER, 2004), onde “As características da pessoa em dado momento de sua vida são uma função conjunta das características individuais e do ambiente ao longo do curso de sua vida naquele dado momento” (BRONFENBRENNER, 1989, p. 90 apud NARVAZ; KOLLER, 2004).
Bronfenbrenner explora melhor essa afirmação, reforçando sua postura contextualista e também interacionista, “com quatro níveis dinâmicos, inter-relacionados, que interagem