Conteudo de estudo para apresentação casa miller
Aberta à visitação desde fins de maio, a Miller House, como é conhecida a residência do empresário americano J. Irwin Miller (1909-2004), em Columbus, Indiana, é um marco do modernismo por reunir projeto arquitetônico de Eero Saarinen (1910-1961), paisagismo de Dan Kiley (1912-2004) e decoração de Alexander Girard (1907-1993). No entanto, o bom conhecedor da obra do arquiteto, cujo cinquentenário de morte é lembrado neste ano, deve estar levantando uma dúvida. Por que Saarinen, que detestava projetar casas, teria se envolvido neste projeto residencial, único em sua trajetória? Quem responde é o respeitado arquiteto e designer americano Michael Graves: ?Saarinen, Kiley e Girard eram amigos desde a faculdade. A colaboração deles na Miller House produziu um conjunto extraordinário. A transparência da arquitetura de Saarinen enaltece a beleza do paisagismo de Kiley, enquanto as cores vivas do décor de Girard quebram a austeridade da proposta modernista. É genial?.
Em 2000, a propriedade, construída em 1953, foi tombada pelo Patrimônio Histórico dos Estados Unidos justamente pelo insight de Saarinen, que uniu as forças com Kiley, o maior paisagista americano do século 20, e Girard, grande decorador modernista. Mas é preciso contar o outro lado da história: o casal Irwin e Xenia Miller. Filho de duas gerações da Cummins, maior produtora de diesel do país, Irwin era um empresário incomum. Casou-se com Xenia, uma moça da classe média com uma paixão: a arte. Além das doações de esculturas públicas de Henry Moore, Jean Tinguely e Dale Chihuly, que fizeram a Columbus, Irwin e Xenia juntaram uma coleção para as paredes da casa, com mestres como Monet, Matisse e Picasso, vendida por US$ 80 milhões, na Christie?s de Nova York, em 2008. O casal ajudou a fundar o Indianapolis Museum of Art ? hoje, proprietário da residência Miller ? e criou a Cummins Foundation, em 1954, com o compromisso de pagar o fee integral do arquiteto toda vez em