contaminação de mercurio
Descoberto na Grécia Antiga, o metal era usado na mineração do ouro. Os gregos o chamavam de hidrargírio – hydra (águaUt) + argyros (prata) – ou água-prata, e, até hoje é usado, tradicionalmente, para minerar e fabricar produtos.
EPIDEMIOLOGIA
As ocupações que expõem os trabalhadores ao risco de contaminação do mercúrio estão relacionados aos diversos ramos de atividades:
- Na área industrial é utilizado: na fabricação de moldes industriais, indústria de soda e cloro, lâmpadas fluorescentes, industria de agrotóxicos
- Na mineração: com a extração de ouro e prata
- Na área da saúde, ele compõe termômetros, barômetros, lâmpadas, medicamentos, espelhos, detonadores, corantes, amálgama para dentes, dentre outros. O mercúrio é um dos principais elementos para fabricação de todo tipo de produto de limpeza porque faz parte do processo de fabricação do cloro. Todo esse uso, contudo, é passível de substituição e o Brasil é um dos países que provam que isso é possível.
FISIOPATOLOGIA
O diagnóstico de intoxicação por mercúrio pode ser difícil porque os sintomas são comuns a uma grande gama de doenças, mas além dos sintomas a história de contatos com o metal tem uma importância decisiva. O trabalhador que lida com o mercúrio metálico é o mais exposto aos vapores invisíveis despreendidos pelo produto. Eles são aspirados sem que a pessoa perceba e entra no organismo através do sangue, instalando-se nos órgãos. O mercúrio adentra o organismo por meio da via inalatória (80% dos casos), cutânea e digestiva. Após ser absorvido, este metal migra para a corrente sanguínea, sendo depositado em órgãos como o fígado, rins, tireóide, testículos, membranas do trato intestinal, glândulas salivares, medula óssea, baço, sistema nervoso central (SNC), além de apresentar a capacidade de transpor a barreira placentária, podendo atingir fetos em mulheres gestantes. Este metal pode interferir no metabolismo e funções das células, pois apresentam capacidade de