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Por André Guilherme Vieira | Valor
SÃO PAULO - Quinze dias depois de ter iniciado relatos diários que se converteram em uma delação premiada, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, poderá deixar o regime de prisão preventiva que cumpre em Curitiba e sair da cadeia nos próximos dias, apurou o Valor.
Costa também concordou em abrir mão de todos os eventuais direitos sobre os US$ 23 milhões enviados à Suíça pelo esquema e que foram identificados e congelados naquele país. O ex-diretor da Petrobras deverá aguardar julgamento monitorado à distância, usando uma tornozeleira eletrônica. O acordo extinguirá todos os processos e investigações.
Ruy Baron/Valor - 10/6/2014Paulo Roberto Costa poderá deixar o regime de prisão preventiva e sair da cadeia nos próximos dias
O ex-executivo da estatal e o doleiro Alberto Youssef são acusados de formar uma organização criminosa e comandar a viabilização de esquema de desvio de recursos da Petrobras, com corrupção de servidores e políticos, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas por corretoras de câmbio, empresas de fachada e offshores no exterior.
Costa é réu em dois processos criminais e investigado em 11 inquéritos da Polícia Federal. O acordo de delação deverá livrá-lo de receber uma condenação anteriormente estimada pela força-tarefa entre 45 e 50 anos. A pena do operador do mensalão, Marcos Valério de Souza, por exemplo, foi de pouco mais de 37 anos.
Pelos termos da delação, Costa será condenado a cinco ou seis anos de prisão no regime semiaberto. De acordo com a legislação penal, condenados a menos de oito anos estão dispensados de cumprir regime totalmente reclusos.
As informações reveladas por Costa são consideradas sólidas e conclusivas para a solução do caso. Ele teria implicado dezenas de políticos e parlamentares, empreiteiras e empresas de prestação de serviços com contratos firmados junto a