Contabilidade
Dependente da Usiminas, Ipatinga sofre com cortes no setor siderúrgico.
Indústria da cidade cortou 3.062 vagas de trabalho em 2013.
Darlan Alvarenga e Patrícia Belo Do G1, em São Paulo e em Ipatinga
No Vale do Aço, sobra aço e falta emprego e encomendas. A crise da indústria e a queda dos investimentos no país atingiu fortemente a economia da região, situada no leste do estado de Minas Gerais, e desenvolvida em torno das demandas e oportunidades trazidas pela criação, na década de 50, do complexo siderúrgico da Usiminas, em Ipatinga.
Somente nas empresas do grupo Usiminas, 2.575 trabalhadores foram demitidos em 2013, segundo o sindicato dos metalúrgicos da cidade, o Sindipa. Dados do Ministério do Trabalho mostram que Ipatinga só perdeu para São Paulo no número de vagas eliminadas na indústria da transformação no ano passado, com o fechamento de 3.062 postos.
Nos últimos 3 anos, os empregos com carteira assinada perdidos na indústria de transformação de Ipatinga somam 7.879. Em toda a economia da cidade, o saldo de postos de trabalho eliminados entre 2011 e 2013 foi de 6.117.
Ipatinga é a ‘capital’ da Região Metropolitana do Vale do Aço, que inclui também as cidades de Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso, reunindo uma população de quase 500 mil habitantes e cerca de 110 empresas de processamento de aço. Nas quatro cidades, os postos eliminados na indústria somaram 3.616 em 2013, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“Tudo em Ipatinga gira em torno da Usiminas, então essas demissões deram uma parada na economia da cidade. É muita gente que foi mandada embora, o que preocupa e torna o futuro incerto”, diz o presidente do Sindipa, Hélio Madalena Pinto.
Economia gira em torno da Usiminas
Sozinha, a Usiminas responde por quase metade da arrecadação do IPTU da cidade e pela maior parte dos repasses do (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e